Mas hás por bem inquietar-me de tormento
Nesta ansiedade que aperta este pobre coração?
É por bem saberes que, por ti, é eterna a devoção?
Que infindas estas horas, tresloucado sofrimento!
Por que te atrasas, ó tempo do êxtase, da vaidade?
E sobram esbirros vãos de malfadado adiamento?
Ai, que o tormento é longo e a felicidade um momento!
Só qu' um segundo d' Amor por ti vale a eternidade!
Acode-me este Amor ardente, esta alegria imensa
De pertencer ao mais belo, ao sempre Glorioso!
E se este coração arde d' ansiedade bem pungente
Quero eu sempre morrer na labareda intensa,
Que torna belo este viver que, ufano e presunçoso,
Bem lhe quer bem mesmo qu' esteja descontente!
terça-feira, 6 de julho de 2010
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