domingo, 4 de abril de 2010

COMO OS IRMÃOS REZAM…

Como os irmãos rezam pelas irmãs queridas,
Em seu leito sofrendo de doença asinha,
Eis, de joelhos, jubiloso e mãos erguidas
Suplico ao Céu a tua felicidade que é minha!

Em minha oração peço ao nosso Deus
“Senhor, Vós que sois clemente e justo,
Que dais voz às brisas e perfume à rosa
E liberdade de orar aos filhos Teus,
Protegei minha querida com o Manto Augusto
Que, em sua fortaleza, ainda sorri medrosa!
Lançai Vossos olhos sobre Vossa linda filha,
Não permitais que sua vida seja tormentosa,
Dai-lhe o sossego merecido em seu casto ninho
E na vereda que seu pé por vezes trilha
Amainai a montanha e desviai o espinho!

Ela é a pomba branca que a floresta cria,
Ela é um lírio que a manhã descerra,
O seu arrolhar, Senhor, a sua voz macia,
É perfume de ternura que seu ser encerra!
Dai-lhe a mocidade da sua vida antiga,
Em sua fronte bela Lhe derrama flores,
Enfeitai de rosas sua grinalda amiga,
Deixai-a ao aconchego de seus amores!

Depois, de joelhos, rezarei: Vós sois Justo,
Por isso, mil graças Te renderei agora,
Vós, que protegeste em Vosso Manto Augusto
A doce Esposa que minh’ alma adora”!

Os olhos da minha Rainha …

Os olhos da minha Rainha são rubis loiros,
Lacrimosos, de lágrimas marejados!
Em belos tons de arco-íris matizados
Que lhe revelam a Alma, os seus tesoiros!

A seus amores, de bondade e encanto mago,
Enchem o peito, suas lágrimas formosas
De alegria, tornando os espinhos belas rosas,
Que, nos olhos seus, lágrimas são afago!

Anseio ouvir tuas melodias de Amor
Em devotado silêncio, tuas palavras amorosas.
Que no teu peito não caiba mais a dor!

Uma febre persistente me invade
Num murmúrio de palavras silenciosas,
Anátemas de esconjuro da Saudade!

VEJO ESSE ROSTO LINDO

Vejo esse rosto lindo
Esse rosto que não tem par
Contemplo-o de longe com enlevo
Como que guardando doce segredo
E vê no ar subindo
O encanto do seu lar.

Vejo esse olhar tocante
De um sorriso sem igual
Suave como lâmpada sagrada
Bem-vindo como a luz da madrugada
Que rompe e orienta ao navegante
Depois do temor do temporal.

Vejo esse corpo esbelto como a ave
Que parece esfumar-se num só ai
Levado com o Sol ou com a Lua
Sem encontrar beleza igual à sua
Majestoso, brilhante e suave
Que me surpreende e me atrai

Atrai e não m’ atrevo
A contemplá-lo assim tão bem,
Porque teu rosto espalha luz santa
Luz que me prende e me encanta
Em meiguice que eu devo
Eu, filho, à minha Santa Mãe.

Que as asas previdentes
De anjo tutelar
Te abriguem sempre à sombra pura
Pois que a mim me basta esta ventura
De ver que me consentes
Olhar o teu rosto, olhar!

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