terça-feira, 6 de julho de 2010

Ao Sol e à melga

Faço-te, ó Sol que m’ iluminas lá do alto, esta prece,
Sem que deixes de inundar vida d’ alegrias e de dores,
Não t’ excedas nesse tom abrasador que m’ endoidece,
Que apelo ao condicionado é sinónimo de tremores!

E tu, melga impertinente, por qu’ invades o meu paraíso?
Vai de retro deste leito d’ alegrias saciada, sonhadora!
Deixa meu ser, sequioso d’ amor só, levitando num sorriso,
Acaba, enfim, com tua maldita e infinda dança voadora!

Por que não poupais este já mui angustioso pensamento
Do sofredor herceptin com que guerreio outro malvado?
Sabeis que sou Guerreira, bem o sei, é sina minha!

Porém, deixai livremente vaguear meus sonhos pelo vento!
Quem já mui sofreu muito merece na vida ser mimado!
Depois, vereis, eu vou vencer que meu fado é ser Rainha!

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