quinta-feira, 12 de agosto de 2010

QUEIXUMES AO MESTRE ZÉ

As nossas marias do alterne se quedam mui amofinadas
Que escassas pichas tenho agora em sintonia p’ra lhes dar
Seu calcorreio, pedincha farta, fá-las tristes, inconsoladas,
Qu’ em suas mãos minguam pichas a despir e a folar!

Ei-las à pobreza de cueiros que de novo estão votadas,
Tão poucas pichas a gingar, vede só a desventura!
É vê-las, ruminando pelas ruas, melancólicas, desgraçadas,
Que picha qu’ eu lhes compre, por ser pouca, pouco dura!

Notai estes meus dias, sabeis, de esconsas manigâncias!
Que fado o meu, de que me serve agora esta sonsa zurraria?
O título, foi-se, e a promessa que te fiz, essa então!...

Se pouco importa ao mentiroso, já o título me faz ânsias
De mais chafurdo nestas choldras da nossa estrebaria,
Que esta flatulência s’ engrandece do peidoso torcilhão!

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