Quando choras, Rainha, esse teu rosto
Brilha formoso de intacto encanto
E as sombras desse teu desgosto
Tornam mais belo o cristalino pranto!
Nesses momentos de razão esquiva,
Tal como o prazer é o chorar preciso!
Que seja breve como chuva estiva,
E que ao pranto se suceda o riso!
Gentil Rainha, tua face bela
É mui bela ainda quando chora
É uma rosa, tal uma donzela
Banhada no orvalho da aurora!
Teus súbditos a quem dás ternura,
Quando brilhas com um rir celeste,
Querem-te, que és transparente e pura
Mesmo em meio de Inverno agreste.
Assim, se choras, ainda és mais formosa!
Brilha teu rosto com mais doce encanto!
Queremos ser p’ra ti o Sol, tu a nossa Rosa
E se chorares, Rainha, beberemos o teu pranto!
Mas queremos teu sorriso permanente,
Gaiato, gentil, raio de sol doce e amoroso!
Tu és uma luz que brilha incandescente
Num terno encanto primaveril e fervoroso!
sábado, 15 de maio de 2010
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