Cada vez qu’ estou contigo, olho à minha volta, ansioso
Nestes sonhos de encontros de meiguice em noite imensa
Que me surgem em vagas alterosas de dor intensa
Onde se destaca, iluminado e belo, teu rosto tão formoso!
Oh minha mãe, meu rosto doce, delicado e tão amigo!
Desd’ aurora a embalar meu ser e sempre d’amor sorrindo
Se te vejo tão sublime no meu sonho, teu rosto florindo
Pede a Deus que bem depressa me leve em suas asas ter contigo!
Mas o sonho acaba, teu rosto paira sorrindo, esvai-se e desvanece
Dos meus braços vais fugindo, em pedacinhos, como eu, angustiada
Fecho os olhos, penso em ti, alma pura, rosto embevecido de bondade!
O dia aclara, a alma sangra, grita e enlouquece
Sensível à dor ingente da despedida amargurada
Para mais uma tortura infinda da saudade!
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