terça-feira, 24 de março de 2009

Mãe

Cada vez qu’ estou contigo, olho à minha volta, ansioso

Nestes sonhos de encontros de meiguice em noite imensa

Que me surgem em vagas alterosas de dor intensa

Onde se destaca, iluminado e belo, teu rosto tão formoso!


Oh minha mãe, meu rosto doce, delicado e tão amigo!

Desd’ aurora a embalar meu ser e sempre d’amor sorrindo

Se te vejo tão sublime no meu sonho, teu rosto florindo

Pede a Deus que bem depressa me leve em suas asas ter contigo!


Mas o sonho acaba, teu rosto paira sorrindo, esvai-se e desvanece

Dos meus braços vais fugindo, em pedacinhos, como eu, angustiada

Fecho os olhos, penso em ti, alma pura, rosto embevecido de bondade!


O dia aclara, a alma sangra, grita e enlouquece

Sensível à dor ingente da despedida amargurada

Para mais uma tortura infinda da saudade!

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