A vida no areal da sua estrada
É como folha agreste de uma espada
Que faz triste uma ave, sem cantar.
Como em sombras ver um’ alvorada
Na mocidade, a aurora da existência.
Por isso, quero-te sempre a brilhar
Na tua força, como ave da inocência.
O teu rosto resplandece a luz brilhante
Após a noite que passou sombria.
A Estrela d’Alva que o Céu rasgou
Estrela errante que luta dia-a-dia.
No teu coração o doce diamante
Com que Deus teus amores compensou.
Teu sorriso franco é Boa Nova
Qu’o horizonte ao pôr-do-sol enrubesceu
Rosa florida com o biquinho
Das aves rubras lá do Céu
Em sua lide a fazer o ninho
Numa Primavera que renova.
Nas tempestades da vida
Há rajadas de vento e de furor
Mas a noite esvai-se e, sem demora,
Surge mais límpida, florida,
Aquela luz da bela aurora
Que ensaia o canto do Amor.
E depois da aurora, qual granito
Vais cantar de alegria terna e santa
«Eu quero viver, beber perfumes
Na flor que embalsama os ares.
Vem minh’ Alma adejar no infinito
Branca vela na amplidão dos mares
Leve e liberta de queixumes
Neste doce enlevo que m’encanta»
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
FLOR DO MONDEGO
Estava uma Dama tão linda
De seus anos colhendo doce fruto
Naquela moradia de rosas florida
Num enlevo de alma sempre curto
Embevecida a sorrir ao seu rebento
Seu nome de Amor é Cinda
Seu olhar de esposa querida
Junto ao Mondego de gaivotas esvoaçando
Olhos pestanejando contra o vento
As memórias sempre desfilando.
Às sete colinas de Coimbra suspiravas
Murmurando ias dizendo às pedrinhas
O doce nome daquele que tanto amavas
E que em teu peito escrito tinhas
Teu Príncipe esses cabelos afagava
Olhar d'orgulho ali te respondia
Igual lembrança que na alma lhe morava
Ele que só teus olhos é que via.
Tempos vieram em que a dor
Saltitou estonteante no teu peito
Não conseguiu, porém, que uma Flor
Lhe permitisse o bruto feito.
No teu peito, um encanto mago
Pese o frémito das coisas dolorosas
Saltou logo em doce afago
Vontade e luta mais teimosas
"Eu vou vencer a mocidade
Não deixarei murchar as minhas rosas
Assim m'ordena o Amor e Amizade
Em preces e súplicas fervorosas"!
Assim é o meu Amor, rosto de menina
Em seu trono de Rainha majestosa
Que afagando enleva este coração
Face rosada, mimosa, pequenina
Porte altivo, não arrogante mas formosa
A seus Amores entoa versos d'Amizade
Em eterna e amorosa adoração
Fresca e sublime em sua Realeza
"Não importa a dor ou a idade
Face a tais sentimentos de nobreza
Aqueles que me têm muito Amor
Sabem o que sinto a sofrer
Sabem que passou por mim a dor
Mas o que importa é vencer!
De seus anos colhendo doce fruto
Naquela moradia de rosas florida
Num enlevo de alma sempre curto
Embevecida a sorrir ao seu rebento
Seu nome de Amor é Cinda
Seu olhar de esposa querida
Junto ao Mondego de gaivotas esvoaçando
Olhos pestanejando contra o vento
As memórias sempre desfilando.
Às sete colinas de Coimbra suspiravas
Murmurando ias dizendo às pedrinhas
O doce nome daquele que tanto amavas
E que em teu peito escrito tinhas
Teu Príncipe esses cabelos afagava
Olhar d'orgulho ali te respondia
Igual lembrança que na alma lhe morava
Ele que só teus olhos é que via.
Tempos vieram em que a dor
Saltitou estonteante no teu peito
Não conseguiu, porém, que uma Flor
Lhe permitisse o bruto feito.
No teu peito, um encanto mago
Pese o frémito das coisas dolorosas
Saltou logo em doce afago
Vontade e luta mais teimosas
"Eu vou vencer a mocidade
Não deixarei murchar as minhas rosas
Assim m'ordena o Amor e Amizade
Em preces e súplicas fervorosas"!
Assim é o meu Amor, rosto de menina
Em seu trono de Rainha majestosa
Que afagando enleva este coração
Face rosada, mimosa, pequenina
Porte altivo, não arrogante mas formosa
A seus Amores entoa versos d'Amizade
Em eterna e amorosa adoração
Fresca e sublime em sua Realeza
"Não importa a dor ou a idade
Face a tais sentimentos de nobreza
Aqueles que me têm muito Amor
Sabem o que sinto a sofrer
Sabem que passou por mim a dor
Mas o que importa é vencer!
TEU SOFRIMENTO, RAINHA …
Teu sofrimento, Rainha, é de todos nós!
Tua luta titânica contra o insidioso mal,
Pérfido, de redobrado ímpeto feroz,
Traiçoeiro, quis tirar nosso ideal!
Em tempestade bramando de ondas alterosas,
Barco balança, descendo e subindo a renascer!
E a capitã ao leme, com suas mãos corajosas,
Alenta a Vida! Intrépida coragem de vencer!
Na sua enérgica e ingente luta valorosa,
Vacila na dor em momentos de agonia!
Nossa Rainha, exemplo de mulher formosa,
Emerge das profundezas da dor em valentia!
Doce Rainha, és o Sol no firmamento a brilhar
Por que te banha o rosto essa amargura,
Quando a terra sorri e suspira o mar?!
Ergue a tua fronte pendida, o Sol fulgura!
Por que choras quando é brilhante a natureza,
Quando no prado a Primavera é flores?!
A rosa é vida florescente, vai-se a tristeza
E o Sol abrasa em refulgentes fulgores!
Viver é amar, é ter agora e sempre um dia,
Com amigos, aquela mão que nos afague,
Uma voz que nos queixumes cante d’alegria
E que as nossas mágoas com amor apague!
Amizade e Amor, vivamos a sorrir e a cantar!
Cantemos, seja a Vida cheia de hinos e flores!
Com o radioso Sol brilhante a iluminar
O nosso manto perfumado dos amores!
Tua luta titânica contra o insidioso mal,
Pérfido, de redobrado ímpeto feroz,
Traiçoeiro, quis tirar nosso ideal!
Em tempestade bramando de ondas alterosas,
Barco balança, descendo e subindo a renascer!
E a capitã ao leme, com suas mãos corajosas,
Alenta a Vida! Intrépida coragem de vencer!
Na sua enérgica e ingente luta valorosa,
Vacila na dor em momentos de agonia!
Nossa Rainha, exemplo de mulher formosa,
Emerge das profundezas da dor em valentia!
Doce Rainha, és o Sol no firmamento a brilhar
Por que te banha o rosto essa amargura,
Quando a terra sorri e suspira o mar?!
Ergue a tua fronte pendida, o Sol fulgura!
Por que choras quando é brilhante a natureza,
Quando no prado a Primavera é flores?!
A rosa é vida florescente, vai-se a tristeza
E o Sol abrasa em refulgentes fulgores!
Viver é amar, é ter agora e sempre um dia,
Com amigos, aquela mão que nos afague,
Uma voz que nos queixumes cante d’alegria
E que as nossas mágoas com amor apague!
Amizade e Amor, vivamos a sorrir e a cantar!
Cantemos, seja a Vida cheia de hinos e flores!
Com o radioso Sol brilhante a iluminar
O nosso manto perfumado dos amores!
TU O DISSESTE, RAINHA …
Tu o disseste, Rainha,
“Vade retro tempestade”!
E ela se vai, tal como ordenas!
Em seu lugar, levezinha,
A paz vai resplandecer
Em teu doce coração
Ao som de nossas preces!
É dom de tua bondade
Amansar as tuas penas,
Folhas de dor secarão,
O verde da vida a renascer,
Que tu, Rainha, mereces
E sabes que VAIS VENCER!
“Vade retro tempestade”!
E ela se vai, tal como ordenas!
Em seu lugar, levezinha,
A paz vai resplandecer
Em teu doce coração
Ao som de nossas preces!
É dom de tua bondade
Amansar as tuas penas,
Folhas de dor secarão,
O verde da vida a renascer,
Que tu, Rainha, mereces
E sabes que VAIS VENCER!
Quando a noite se avizinha
Quando a noite se avizinha
E submerge em dor pungente,
Os Anjos estão alerta, Rainha,
Em sua aurora reluzente!
De asas brancas voando,
Em alvo manto luzindo,
À tua beira, pairando,
Entoam cantando e rindo.
“Rainha da bondade e da pureza
Olha à tua volta, vais sentir
Que o radioso Sol volta à’quecer!
A fragrância do perfume e da beleza,
Teus amores e teus amigos a sorrir
Na certeza da vitória ao amanhecer”!
E submerge em dor pungente,
Os Anjos estão alerta, Rainha,
Em sua aurora reluzente!
De asas brancas voando,
Em alvo manto luzindo,
À tua beira, pairando,
Entoam cantando e rindo.
“Rainha da bondade e da pureza
Olha à tua volta, vais sentir
Que o radioso Sol volta à’quecer!
A fragrância do perfume e da beleza,
Teus amores e teus amigos a sorrir
Na certeza da vitória ao amanhecer”!
Eis a Linda Flor
Eis a linda flor de tez rosada!
Brilhando em seu ramo de verdura,
Tem a fronte pura repousada
Em sua corola um beijo de ternura!
No belo quadro brilha a singeleza
Do paraíso de perfumes olorantes
Retrato vivo de uma doce Realeza
Em seus versos coloridos, refrescantes!
É assim minha Rainha, sublime e lutadora
Com sua Alma de doçura tão florida
Em ondas refrescantes de vontade!
Sua luta é perseverante e vencedora
Retrato vivo da Rainha Margarida,
Linda Flor em seu trono de verdade!
Brilhando em seu ramo de verdura,
Tem a fronte pura repousada
Em sua corola um beijo de ternura!
No belo quadro brilha a singeleza
Do paraíso de perfumes olorantes
Retrato vivo de uma doce Realeza
Em seus versos coloridos, refrescantes!
É assim minha Rainha, sublime e lutadora
Com sua Alma de doçura tão florida
Em ondas refrescantes de vontade!
Sua luta é perseverante e vencedora
Retrato vivo da Rainha Margarida,
Linda Flor em seu trono de verdade!
QUEIXUMES AO MESTRE ZÉ
As nossas marias do alterne se quedam mui amofinadas
Que escassas pichas tenho agora em sintonia p’ra lhes dar
Seu calcorreio, pedincha farta, fá-las tristes, inconsoladas,
Qu’ em suas mãos minguam pichas a despir e a folar!
Ei-las à pobreza de cueiros que de novo estão votadas,
Tão poucas pichas a gingar, vede só a desventura!
É vê-las, ruminando pelas ruas, melancólicas, desgraçadas,
Que picha qu’ eu lhes compre, por ser pouca, pouco dura!
Notai estes meus dias, sabeis, de esconsas manigâncias!
Que fado o meu, de que me serve agora esta sonsa zurraria?
O título, foi-se, e a promessa que te fiz, essa então!...
Se pouco importa ao mentiroso, já o título me faz ânsias
De mais chafurdo nestas choldras da nossa estrebaria,
Que esta flatulência s’ engrandece do peidoso torcilhão!
Que escassas pichas tenho agora em sintonia p’ra lhes dar
Seu calcorreio, pedincha farta, fá-las tristes, inconsoladas,
Qu’ em suas mãos minguam pichas a despir e a folar!
Ei-las à pobreza de cueiros que de novo estão votadas,
Tão poucas pichas a gingar, vede só a desventura!
É vê-las, ruminando pelas ruas, melancólicas, desgraçadas,
Que picha qu’ eu lhes compre, por ser pouca, pouco dura!
Notai estes meus dias, sabeis, de esconsas manigâncias!
Que fado o meu, de que me serve agora esta sonsa zurraria?
O título, foi-se, e a promessa que te fiz, essa então!...
Se pouco importa ao mentiroso, já o título me faz ânsias
De mais chafurdo nestas choldras da nossa estrebaria,
Que esta flatulência s’ engrandece do peidoso torcilhão!
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